Ele estava me olhando, dava pra ver a curiosidade em seus olhos. Ele era só mais um mauricinho. Meninas lindas com chapinha feita, massa corrida na cara, salto agulha e roupas da moda, esse era seu mundo, seu mundo envolvia marcas, grana, imagem perante a todos, zueira querer se aparece.
Mas a menina do cabelo despenteado, de all star e blusa xadrez mal abotoada o interessou. Mas ele não fazia meu tipo.
Eu com minha calça rasgada e meus idealismos toscos achavam ele fútil demais. Eu tava cansada, cansada de mentiras de falsidade, de egoísmo, de manipulação, cansada do mundo, cansada de gente como ele e principalmente cansada daqueles que me cercavam, dos meus amigos que lutavam tanto pra ser diferentes e eram tão igual, preconceituosos, cheios de regras, não aceitavam aqueles que não estavam no padrão deles, assim como a sociedade não os aceitava por que eles estavam fora do padrão dela.
E era justamente essa maldita sociedade que construiu um muro entre mim e o garoto riquinho, essa maldita sociedade com seus conceitos me tapou os olhos e eu fui tudo aquilo que eu repugnava.
O garoto popular veio conversar com a menina estranha. Uma aposta? Curiosidade? não sei não queria saber eu o ignorei, ele persistiu, eu ainda o pré julgava, pra mim ele era fútil (a fútil ali era eu) eu o esculhachei eu fiz ele pagar mico na frente de todos, se bem que coca cola na cabeça nem deve ser tão ruim.
Ele desistiu nunca mais falou comigo, ele viu quem eu realmente era, ele viu que eu era tosca, ele cansou ele nunca mais olhou nos meus olhos, e nem ficou imaginando o que eu estava pensando.
no fim eu descobri que ele era um garoto legal.

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