Ela me puxa para baixo quando goza. Dá pra sentir cada parte do ser dela cravando-se em mim. As unhas nas minhas costas, as mãos suadas, espalmadas, trêmulas, sedentas.

E a brisa passa nos olhos dela. Ganham brilho. Um brilho que não estou acostumado a ver. Linda. A cabeça reclinada ligeiramente para trás, enquanto a boca entreaberta, quase me pedindo um beijo. Enlouqueço. Fácil. Seguro-me para não gozar junto. E é relativamente fácil amá-la assim. De boca fechada. Sem cuspir os rotineiros palavrões contra mim. Os cabelos roçando em minhas mãos enquanto em suas costas, quase como um abraço.
Deixo escapar um gemido e ela sorri. Odeio gemer perto dela. Ela volta para o incrível pedestal de mandona de sempre. Os olhos me desafiam, a boca se abre em um sorriso cafageste que homem nenhum nesse mundo consegue resistir. Um misto de amor e ódio se encontram no meu peito, enquanto os seios dela roçam em mim. Está de volta a mandona de sempre. O ódio se esvai, conforme as sensações se intensificam. Sobram só o amor e o sentimento de como sou sortudo. Se ela não me botar nos eixos, ninguém botará.
E eu deixo. Não tem como dizer não àquela carinha. Brisa nos olhos dela de novo. E um sorriso limpo, dessa vez. Meu controle e meus instintos em suas mãos. Dói ter o ego confrontado. Doerá mais ficar sem ela.
Outro gemido me escapa. Agora já era. Ela sabe que me tem de todas as maneiras possíveis. Dói saber disso. Mas não consigo dizer não.

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