Ele me olhava e por um momento eu achei que meu sentimento fosse reciproco. Seus olhos me confundem, ele e seus enigmas emocionais me fascinam, meu amor platónico.
Seus cachos negros, seus olhos de mel, e a sua boca, cada milímetro de seu corpo é perfeito.
Interrompida de meus devaneios inatingiveis pelo meu anjo alcançável.

Por que a vida faz isso com a gente?
E o meu coração se divide
Lutar por quem você ama ou se render a quem te quer?
E se quem te quer, ainda for a pessoa mais legal do mundo, o garoto mais meigo, carinhoso e engraçado?
E mesmo assim você larga o perfeito e anseia o defeituoso

E acaba só no final
...
Droga de puberdade que não acaba.
Droga de espinhas.
Droga de tesão.
Eu e meus terrores particulares e ela cruzando as pernas ela e suas coxas torneadas, devia ser crime ter os seios mais perfeitos do universo. Será que ela não sabe quão é o impacto só seu salto agulha marchando para a próxima aula?
O jeito que ela escreve, que mexe no cabelo, como ela molha os lábios de vez em quando. Seus cabelos ruivos o seu chiclete, a suas covinha, aquela cintura perfeita, ela têm o dom de me deixar excitado.
As únicas coisas que me separam dela são a minha covardia e a porra do seu namorado.
Cada punheta que eu bato é em homenagem a ela, minha musa.
Droga de sino, Porra de faculdade.
Tchau menina que eu não sei o nome. Garota da minha turma de metafisica. Até semana que vem deusa dos meus sonhos. Quem sabe um dia eu pergunte seu nome, bom talvez eu aproveite e conte que Te amo.
                                                                                                                                                   ...
Ela me puxa para baixo quando goza. Dá pra sentir cada parte do ser dela cravando-se em mim. As unhas nas minhas costas, as mãos suadas, espalmadas, trêmulas, sedentas.

E a brisa passa nos olhos dela. Ganham brilho. Um brilho que não estou acostumado a ver. Linda. A cabeça reclinada ligeiramente para trás, enquanto a boca entreaberta, quase me pedindo um beijo. Enlouqueço. Fácil. Seguro-me para não gozar junto. E é relativamente fácil amá-la assim. De boca fechada. Sem cuspir os rotineiros palavrões contra mim. Os cabelos roçando em minhas mãos enquanto em suas costas, quase como um abraço.
Deixo escapar um gemido e ela sorri. Odeio gemer perto dela. Ela volta para o incrível pedestal de mandona de sempre. Os olhos me desafiam, a boca se abre em um sorriso cafageste que homem nenhum nesse mundo consegue resistir. Um misto de amor e ódio se encontram no meu peito, enquanto os seios dela roçam em mim. Está de volta a mandona de sempre. O ódio se esvai, conforme as sensações se intensificam. Sobram só o amor e o sentimento de como sou sortudo. Se ela não me botar nos eixos, ninguém botará.
E eu deixo. Não tem como dizer não àquela carinha. Brisa nos olhos dela de novo. E um sorriso limpo, dessa vez. Meu controle e meus instintos em suas mãos. Dói ter o ego confrontado. Doerá mais ficar sem ela.
Outro gemido me escapa. Agora já era. Ela sabe que me tem de todas as maneiras possíveis. Dói saber disso. Mas não consigo dizer não.

texto de: Camila Marciano
E seu salto agulha espeta o chão, como se fosse seu pior inimigo. Pretos, de couro, brilhantes. Vorazes. Não sou só eu quem está bobo com a vista da bela mulher que invade a porta do bar, roubando a cena. Metade dele está. A outra metade só está bêbada demais para vê-la. Sentou-se sobre o balcão e não olhou para ninguém.

Ver uma mulher de vestido sentar-se, é colírio para os olhos. Um único movimento e os coxões morenos estão de fora. Eu sentado a poucos metros dela, a devoro com os olhos, enquanto seu perfil se mostra uma das coisas mais lindas que já vi.
Tão logo, o barman coloca o primeiro drink de graça sobre o balcão, de frente para ela. Cortesia de um otário de meia idade, do outro lado do bar. Ela mal olhou para o drink à sua frente, tampouco para o mané que tentava a cortejar.
Pensei na possível aproximação. Tá, era uma idéia idiota. Uma mulher gostosa e sozinha intimida qualquer macho predador nesse mundo. Inclusive a mim. Nos iguala a crianças de frente para o maior ídolo. Por momento algum, desgrudei os olhos. Minha cerveja poderia esquentar, eu pediria outra. Mas ela poderia sair por aquela porta a qualquer momento e eu não teria a chance de comê-la.
A porta de madeira do bar se escancara novamente. Olhando aquela mulher à minha frente, esqueci-me que estava esperando alguém. Uma qualquer. Qual era o nome dela mesmo? Já não fazia muita diferença. Eu só sei que a minha companhia para aquela noite exalava um perfume forte, terrivelmente doce, a saia curtinha, as pernas finas. Olhei-a de relance e depois me levantei para cumprimentá-la, com um galante beijo na bochecha. Tão ruim conhecer o paraíso e ter de se conformar com o purgatório!
Por educação, dei mais atenção à mulher que estava comigo, do que aquela que eu definitivamente queria. A magricela era chata, ciumenta, não falava nada mais do que “Aiiinnnn Amorrr!”. Quem foi o maldito que criou essa mulher? Onde fui arranjar aquilo? Conteite-me com a escolha que fiz. Não era o suficiente para mim, mas aguentei firme. Só sei que voltaria naquele bar mais vezes. E uma dessas vezes, eu teria vergonha na cara e tentaria falar com aquele fascínio.

Qualquer dia, Hoje não. Hoje ei de me contentar com a escolha.
texto original de: Camila Marciano

Vamos ver como me saio, escrevendo como mulher.

Eu o odeio com todas as minhas forças da maior e melhor maneira que posso. Não tenho nada pra dizer, fora isso. O odeio por que aquele imensíssimo filho da puta mostra que não sou ninguém, sem ele. Dói, me fere o ego. E isso nunca vai ficar fácil. Aceitar que amo aquele babaca, aceitar que sem ele não sou nada, o simples fato de aceitar que amo alguém, e logo ele. Não sou orgulhosa demais pra isso.

É o minha sina, minha penitência. Meu. Meu qualquer coisa, aliás. Desde que meu. E humilho facil por ele. Me humilho talvez só pela idéia de vê-lo de novo. De tê-lo, de sentí-lo. Já me ensinaram sobre matemática ou história mas amor - ou como ele fode com a sua vida - ninguém te ensina. Deixam você sofrer, sentir os sintomas e depois morrer, bem devagar. Sinônimo de sofrimento? E teria outro? Amor - se ele existir, claro -é feito por gente masoquista. aqueles de otários que gostam de apanhar.
E as porradas do maldito amor não são fracas, assim como o tal do cupido, é um mensageiro do diabo. Vem bonito, pra te agradar e te fode quando você menos espera. Amor é a rainha de todos nós. Ela sabe que nos governa, nos toma de nós mesmos pelo medo e pela pressão. Como um bebê brinca com o chocalho, ela brinca com nossas cabeças.
Trato amor como mulher? Claro! Se amor for homem, perco o respeito por ele fácil. Homem é um bicho primitivo demais para que o amor o seja. E o meu orgulho não deixa com que eu esteja de quatro por um homem. É tão mais poético tratar o amor como mulher!

E o amor não é nenhum anjo, para ser assexuado.

É, ser mulherzinha é demais pra mim.

Aliás, vá tomar no seu cu, amor do caralho!


texto original: Camila Marciano

rescrito por : Liliana M. Correia

Dia.

Juliana, vinte três anos, carreira promissora, trabalho promissor. De rolo com algum cara aí. Tinha acabado de sair da casa dele, agora estava de volta à sua mesa. Seu sexto sentido não mentia, aquele cara lá era um cafageste, mas estava começando a cair de amores por ele. E rápido. Sentou-se na habitual cadeira e apertou o Power do seu computador. Checou se as coisas que havia deixado sobre sua mesa no dia anterior ainda estavam lá e deparou-se com um papel pardo que não reconhecia.
Arrancou rápido o conteúdo de dentro dele e estranhou a qualidade dos papéis. Folhas de caderno, ligeiramente amarrotadas, com marcas aqui e ali da caneta falha, denunciando que quem a escreveu, chorou sobre ela.
“Ele não te ama.” Começava assim a carta. Olhou ao redor, mas as pessoas perto de sua mesa, agiam e falavam normalmente. Quem era aquele? Quis continuar. “Ele fala da boca para fora que te ama, por que você disse primeiro. De verdade. Na mais dura e crua verdade. Baixar a cabeça a um homems só dá a ele passe livre para ele usar você como bem quiser. Sejamos francos. É isso sim, no fundo você sabe, só não vê por culpa da tua Hello Kitty interior.
Você não vê, por que seu ego não deixa. Você só é uma opção, para ele. Uma maldita opção. Quando não haver mais nenhuma outra dando bola, ele vai te catar. Desse jeito chulo mesmo. Ele vai e te cata. Nunca vai te amar. Não se lembrará do teu aniversário, dos dias felizes que você teve, ou se está usando seu melhor perfume, para agradá-lo. Só te usar e colocar pra lavar, para usá-lo de novo, quando estiver disponível. Como uma roupa. É, é isso o que você é pra ele. Uma porra de uma camisa.”
Não conseguiu conter a unica lágrima que lhe escorreu pelo canto dos olhos. Talvez a lágrima mais carregada de todas as lágrimas dos últimos anos. Aquele alguém sabia o que ela tanto se enganava. Doía encarar os fatos.
“Então olhe para os lados. Olhe para quem esteve ao seu lado esse tempo todo. Olhe para mim, caralho! Pare de se iludir e venha logo para mim. Pro otário que não te dá mais do que um mero bom dia no trabalho e te devora lentamente com os olhos, enquanto digita. Que mal consegue pensar quando você se levanta para pegar mais café. Ande, vamos! Olhe para mim. Por que estou esperando o mínimo dos teus contatos, para cair de quatro por você e entregar minha coleira.
Quero saber do teu passado, dos teus gostos. De que cor mais gosta, teus filmes favoritos, tuas taras secretas, o nome do teu escritor favorito. Quero abusar do teu corpo, te consumir inteira, te deixar ofegante e te trazer café da manhã, depois. Quero você. Só isso. E não para te usar como camisa não! É para sempre, ou o quanto você me quiser. Quero ser seu.
E você nem precisa se doar de volta. Eu me doo pelos dois. Faço o que você quiser. Não me importo se você for boa, ou má comigo. Desde que me seja alguma coisa.
Me dê a mão, vamos! Confie em mim!

E feche os olhos, quando o fizer”

Olhou para os lados de novo. Quem era aquele? Passou os olhos novamente pelos corredores, pelas cadeiras que aos poucos iam sendo ocupadas. Tinha alguém, dentre todos eles que a amava. Olhou para frente. E tinha mesmo. Perdeu o ar, quando o viu. Encostado no batente da porta de entrada, segurando dois copos de café. Ele sabia do café favorito dela, com creme em cima. Ele a conhecia, ela não sabia seu nome. Limpou a mancha que a lágrima fazia em seu rosto. Abriu um largo sorriso e depois colocou a carta sobre a mesa.

Fez com o homem que usava a mesa ao seu lado, o que sempre fez: Desejou-lhe bom dia.
Camila Marciano

Pro inferno esse lance de ser Constante! Estabilidade, voce tambem. Pro inferno!

Se acham que escrevo tudo isso por que estou amando/odiando alguém, sinal que a mensagem é realmente passada. Obrigada.

posts inúteis, e tempo perdiso Beijo pra minha mãe, pra minha vó e pra você Xuxa! XD

Principalmente pra você, Xuxa!
...
mais um dia mo meu ''escritorio''. com certeza essa não foi a vida que eu escolhi pra mim, na verdade nem consigo entender direito por que eu faço isso.
Pra quem imagina que seja prazeroso, esses caras são maniacos, pervertidos, sujos e nojentos. É isso que o vicio faz com você, e o pior é que eu não consigo me arrepender.
Vender meu corpo para caraescrupulos, virgem ou tarados era sóum preço que eu tinha que pagar. Valia a pena, era isso que sustentava meu verdadeiro prazer.
As drogas eram as unicas coisas que davam sentido a minha vida e bom foram ela que deram o fim...