O que é o amor, aliás? É quando você pensa em outra pessoa e dá vontade de correr. Correr e gritar. Gritar forte, gritar alto pra todo mundo ouvir, de puro misto de loucura com asnice.

Amor é um sentimento pra sofrer sozinho. Pra quando você pensar em dizer “Eu te amo”, você se remoer por dentro e não conseguir dizê-lo. Pra sentir falta de ar, se sentir enjoado, sentir todos os piores sintomas do mundo e não conseguir consultar um médico e dizer a ele o que você está sofrendo.


Amor – os de verdade, não aqueles que você diz que sente por uma mulher, pra que ela dê antes do amanhecer – é uma doença cardíaca grave, mexe com a tua cabeça e te dá a ilusão da felicidade. É um dos vírus mais graves do mundo. Por que você vê que está sofrendo, vê que está doendo, vê seu corpo se deteriorar bem na sua frente e agradece por isso. E pior: te deixa visivelmente abobalhado, ao ponto de provocar riso nos ainda saudáveis.


E não, essa merda não é infecto-contagiosa. Você sofre o grave risco de sofrer sozinho. De não conseguir se curar. De não melhorar. De sofrer pra sempre. De demorar pra enxergar que está realmente doente. Mas por mais que demore, uma hora você descobre que sofre, se sente um idiota por sofrer sem saber e não consegue se curar.


Por que não tem como sentir amor, sem sofrer com a incrível dor no peito que ele causa. Se você acha que sente amor e não lhe dói o corpo, não é amor o que voce sente.


E eu, eu dou graças por não sentir porra nenhuma. E quero me manter assim. Rir dos outros que estão felizes e abobalhados me é o suficiente.


E saber que eles sofrem pra cacete de dor e eu não.


Obrigado amor, por não ser infecto-contagioso!

P.S.:(In)Felizmente, o texto é só um texto. Ando doente.

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