Todas as mulheres no fim, são iguais. Chatas iguais. Desinteressantes iguais. Até aquela que bate no peito e diz “Eu sou diferente!” é igual às outras. Odiaria estar em uma festa e ver uma outra mulher com uma roupa igual. Respeitam o esteriótipo, obedecem ao parceiro, fazem o que ele pedir. Mesmo que machuque o ego. No fundo, o fazem. São iguais.

Há uma tal diversidade sim, entre as mulheres. Embalagens! Alguma são mais bonitas que as outras, algumas mais altas. E só. Sensíveis demais, choronas demais, patéticas iguais. E não ficam iguais às outras, não! Nascem, todas iguais. Sem o mínimo de criatividade na tal da personalidade. E se uma nasce diferente, a mãe trata de por no eixo. Mulher é feita para ser bonitinha. Para amar um cara só. Para ser respeitada por todos. Para se guardar para o mais estável que a quiser. (Ou, dependendo do grau de beleza dela, para o único que a quiser). Te botam numa caixa chamada limites e dizem “Se comporte aí dentro!” Se ela tenta abrir a caixa, a família a rejeita, até. Não há liberdade de expressão, quando se trata de uma mulher perante o mundo.

A tênue linha entre limites e liberdade de expressão, que nos é barrada pelos próprios costumes. Aquela que chega aos trinta sem marido, fica para tia e é satirizada. A pressão de chegar aos trinta sem aliança no dedo é demasiada absurda. O que significa o casamento, aliás? Você só troca de caixa. Antes a sociedade e teus familiares vedavam teus direitos. Agora quem o faz continua sendo a velha e pacata sociedade, mas agora o marido quem segura tuas rédeas.

Aquela que segue se soltando das amarras do mundo, arca com a pressão do mesmo pisando forte na cabeça. Para esmagar mesmo. Para que aquela sirva de exemplo para o restante das mulheres. (Contando que as próprias mulheres pisam na cabeça uma das outras, para manter a ordem dentro da caixa.). É tão hipócrita, tão morto que chega a feder. Aquela que arca com a vontade dos próprios desejo, não merece um parabéns. Merece uma legião. Por que aquela sim está sendo não mulher de verdade, mas humana.

Não adianta. O feminismo morreu com aquelas mulheres na fábrica. O feminismo foi queimado, por nós mesmas, até. Temos o direito de colocar saia curta e rebolar. Parabéns, antes nós não tínhamos isso. Um direito conquistado. Mas ainda somos recriminadas pelo velho direito de liberdade de expressão. Agora podemos mostrar a bunda, mas de boca fechada. Atreva-se a dizer o que pensas! Só isso. Atreva-se.

Não existe feminismo. Todas - inclusive eu - uma hora na vida vai cansar de tentar ganhar direitos. Se o mundo não nos recriminar por nossos atos, o cansaço nos enquietará. Não sou feminazi. Não quero dizer o que mulher tem ou o que não tem que fazer. Cada uma faz aquilo que quer ou que pode fazer. Algumas realmente querem viver às custas do marido, ou ficar em casa e cuidar dos filhos. Algumas não. E por essas algumas que não querem, que os direitos falham.

E eu sou uma dessas pelo qual o direito falha. Casar não é uma pretenção, muito menos cuidar dos filhos. Mas já cometi a maior burrice que comete uma mulher, que quer viver sozinha: Dizer “eu te amo”. E sim, as coisas só tendem a piorar, depois de dizer essas palavras.

Palavras essas, que são quase a senha para que as amarras do mundo cheguem aos nossos braços e pernas de forma possivelmente fatal. Mas ah! Uma vez que vestes as amarras do mundo, não conseguirás ficar completamente sem elas de novo. Ao menos, as marcas ficam.

Ao menos, as marcas! Será o tal do amor uma privação de direitos?

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