Queria poder ignorar você. Queria poder estar com outra pessoa, que muito provavelmente seria melhor do que você, e não lembrar de toda a adrenalina que eu sentia quando ficava sem saber o que pensar quando estávamos juntos. Eu sempre planejei tudo, sempre analisei as pessoas, e sempre quis me enganar com você; até o momento em que eu aprendi, finalmente, que você nunca vai ser o príncipe. E foi quando eu comecei a achar os príncipes chatos.


Eu saí tantas vezes do sério por tua causa, eu cogitei tantas vezes a idéia de nunca mais olhar pra você... E mesmo assim, meses depois, eu lembrava. Lembrava de tudo, não só da parte boa da história. Mas a parte ruim é de dar inveja a qualquer roteirista. Foi por sua causa que eu comecei a dar mais valor aos momentos de crise, comecei a amar o caos, porque era quando eu me sentia mais perto de você. E até hoje é assim.

O que eu sentia por você passou como muitas coisa mais me marcou. Quem sabe disso, me chama de maluca. E eu concordo. Mas sempre que eu estou em momentos assim, eu me sinto em queda livre, e eu aprendi a correr o risco.