Robôs não podem criar. Não pondem pintar, não podem cantar ou fazer uma música nem que seja de dois acordes. Não podem! Por que dependeriam de uma coisa chamada criatividade e essa característica pelo menos até hoje, é exclusivamente humana. Podem cortar carne, subtituir o ser humano para fazer compurtadores, podem calcular Pi com dez mil casas decimais, mas criar alguma coisa a partir do zero, isso eles ainda não podem.
Eu também não. Mesmo não feita em larga escala, de processadores e pics, eu também não posso. Não inventaria algo bom mesmo se aprendesse a tocar violão a partir desse exato momento em que vos escrevo (nota: Violão esse, feito por um desses robôs). Sinto, mas talvez eu também seja um robô. Aliás, retiro o que disse sobre o talvez, eu também sou um robô. Mentalidade produzida em larga escala, para consumir o inútil e aceitar de braços abertos qualquer ladainha que o mundo quiser me oferecer. Desde a escola. Nos conduziram a nos tornarmos robôs, mesmo que tenhamos nascido apenas animais dependentes da mãe, como a maioria de todos os outros mamíferos.
 Produzida em uma metrópole, com um nome, um modelo e uma família designada a me consumir. Minha família é grande, de acordo com o padrão que se estabelece na cultura ocidental de quase não se ter filhos. Filhos: Modelos 2.0 dos pais. Pais: robôs que em dez ou vinte anos começarão a apresentar defeitos de uso, mas serão insubstituíveis. Defeitos esses, que serão reparados pelos convênios ou pelas oficinas públicas que na teoria deveriam tratar qualquer robô que precisasse de reparos. E que na teoria não poderia deixar nenhum dos robôs da Grande Fábrica - que também atende pelo nome de sociedade - morrer na fila.
Mas eu tenho uma coisa que os robôs não tem. Sou feita do que eles não são, vejo da forma que não veem. Pelo menos ainda não, digo. Tenho o direito de escolha e o direito de sentir. Grandes merdas. Ter o direito de escolher e sentir não me faz nada melhor. Só um robô, com uma inteligência artifical e redes neurais melhores que os de latas. Algo que a ciência não consegue imitar por falta de tempo. Algo que a natureza aprendeu com anos e anos de testes. E talvez hoje em dia se arrependa amargamente de ter criado. É… Dia mundial do Meio Ambiente. Outra grande merda.
P.S.: Darwinismo Rulez! Determinismo e Criacionismo não
P.S.: Atrasado? Haha, são seus olhos.

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